Tribuna Ribeirão
Economia

Ministro diz que irá aumentar impostos

O ministro da Fazenda, Edu­ardo Guardia, afirmou nesta segunda-feira que as receitas com a reoneração da folha de paga­mentos não serão suficientes para comportar a redução da Cide e do PIS/Cofins sobre o diesel. Assim, isso terá que ser compensado com aumento de outros tributos ou fim de isenções fiscais. Segundo ele, isso poderá ser feito por decre­to ou por projeto de lei, mas não quis detalhar quais ações serão to­madas. Guardia afirmou apenas que o impacto da redução de im­postos sobre o diesel terá que ser neutro nas contas públicas.

“A reoneração é condição necessária, mas não suficiente para que a gente possa fazer a redução de 16 centavos sobre o diesel. Além da reoneração, ou­tras medidas virão. Quais? Opor­tunamente vamos falar”, disse, completando: “Precisamos de outras medidas tributárias. O que está dentro? Você pode criar im­postos, mas evidentemente que tem restrições legais. Majoração de impostos, eliminação de be­nefícios existentes. O importante é que essas medidas gerem o re­curso necessário para fazer essa compensação.

A previsão é de que a reone­ração da folha renda R$ 3 bilhões por ano, mas menos de R$ 1,5 bilhão entrará nos cofres neste ano. Isso porque a reversão do be­nefício, após aprovada pelo Con­gresso Nacional, tem que esperar 90 dias para entrar em vigor. O problema é que a conta de zerar a Cide e diminuir a alíquota do PIS/Cofins é estimada em R$ 4 bi­lhões. Ou seja, a conta não fecha.

A ideia do governo é fazer uma redução total de R$ 0,46 por litro do diesel. Desse total, R$ 0,16 viriam da redução de impostos (zerar a Cide e diminuir R$ 0,11 no PIS/Cofins) e outros R$ 0,30 serão subsidiados dentro do Orça­mento. Para viabilizar o subsídio, o governo vai utilizar uma sobra que possui dentro da programa­ção orçamentária, além de cortar despesas. Duas medidas provisó­rias têm que ser publicadas para isso: uma abrindo um crédito ex­traordinário e outra instituindo o programa de subvenção ao diesel. O ministro afirmou que a inten­ção é editá-las ainda hoje.

Guardia disse que o gover­no se preocupou em evitar dis­torções entre os preços da Pe­trobras e do diesel importado. Para isso, vai mexer nas regras do Imposto de Importação, que passará a variar diariamente. Para isso, será editada uma me­dida provisória (MP) fixando um teto para o tributo e dando poderes à Câmara de Comércio Exterior (Camex) para fazer ajustes dentro desse intervalo.

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