Não há mais Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) de botijão de 13 quilos, o popular gás de cozinha, nos revendedores de Ribeirão Preto. O estoque foi zerado no final de semana e quem precisou comprar o produto nesta segunda-feira, 28 de maio, voltou para casa de mãos vazias. Se a greve dos caminhoneiros autônomos não terminar logo, o problema logo vai afetar restaurantes e lanchonetes. Segundo a última pesquisa da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), realizada em 108 cidades paulistas entre 20 e 26 de maio, o botijão vendido na cidade custa, em média, R$ 79,24, o mais caro do estado.
O Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Natural Liquefeito (Sindigás) informou que os caminhoneiros em greve não estão permitindo a circulação das cargas com botijão de 13 quilos, cheios ou vazios, por avaliarem que não se trata de um serviço fundamental, como o GLP a granel, que está sendo liberado nas rodovias para abastecer serviços essenciais, como hospitais, creches, escolas e presídios. Estariam na mesma situação os botijões de 24 e 45 quilos, disse o Sindigás em nota, que não estariam sendo reconhecidos pelos grevistas como direcionado a serviços essenciais.
“Grevistas e forças policiais estão permitindo apenas a passagem de caminhões com GLP granel para abastecer serviços essenciais”, explica o Sindigás em nota. “Caminhões com botijões de 13, 20, 45 quilos vazios ou cheios com nota fiscal a caminho das revendas não são reconhecidos pelos grevistas como abastecimento de um serviço essencial, o que é um equívoco, pois o produto nessas embalagens também pode ser destinado ao abastecimento de serviços essenciais”, afirma a entidade.