A política de administração e recomposição de pessoal da forma como vem sendo aplicada pelo governo municipal não está trazendo melhorias gradativas ao serviço público. Ribeirão Preto precisa com rapidez de um novo contingente de servidores em todas as suas áreas: saúde, educação, assistência social, administração, planejamento, fazenda, esporte, cultura, infra-estrutura, GCM, Daerp, etc.
O número de servidores municipais ativos em 2018 é menor proporcionalmente que no início da década de 2000 se compararmos a relação servidores / habitantes. Se compararmos em termos percentuais aquilo que o Município aplica com pessoal e a evolução da arrecadação tributária na cidade também constataremos que proporcionalmente faltam servidores para equilibrar a balança.
O que os governantes chamam de “contenção fiscal” ou de redução com “despesas de pessoal”, nada mais é que tornar ainda mais precário o atendimento aos anseios e necessidades da população. O desejo de transferir ao setor privado parte importante do trabalho de servidores é algo que não deu, não dá e nunca dará certo. Só a forma de vinculação estatutária gera coesão e homogeneidade no interior da categoria como um todo, aspecto essencial para um desempenho satisfatório do serviço público em todas as suas áreas.
A falta de novos concursos e a não contratação dos aprovados nos concursos públicos já realizados tem gerando e agravado problemas políticos e administrativos. O Município continua insistindo em fazer uso de terceirizações e contratações irregulares ou precárias. O Município tem feito uso de concurso público apenas para formar uma espécie de cadastro reserva.
Os profissionais aprovados em concurso público vivem numa expectativa angustiante. Mas não é um problema só deles. Perde também a sociedade. Mas também os próprios servidores municipais da ativa, juntos com o Sindicato, clamam por mais contratações no serviço público, afinal são estes trabalhadores que mais sentem e os que mais sofrem com a falta de condições adequadas de trabalho e de atendimento.