Fábio Carille concedeu entrevista coletiva nesta quarta-feira para explicar os motivos de deixar o Corinthians e acertar sua transferência para o Al-Wehda, da Arábia Saudita. O treinador disse entender o fato de boa parte da torcida criticar sua decisão, mas garante que está convicto do que está fazendo e não se arrepende.
“Sei que muitas pessoas estão chateadas e outras me entendem. Estou muito em paz com a minha decisão. Torcedor é paixão e eu entendo isso. Trabalhei muitos anos no Corinthians e entendo a torcida, mas coloquei na minha cabeça que é um novo desafio. O ministro do país e o príncipe estão acreditando em mim, me fizeram acreditar que chegou a hora de sair”, disse o ex-treinador corintiano.
Ele explicou a cronologia da negociação. Na quarta-feira, disse que ficou sabendo que um canal de TV da Arábia Saudita fez uma enquete em que colocou seu nome e o de Jorge Jesus, do Sporting, como possíveis técnicos do Al-Hilal. “Desde o início, eu sabia que a preferência era o Jorge”, disse o treinador.
“No meio do caminho, procuraram meus empresários no final de semana. Na segunda, iniciaram as conversas com outro clube, o Al-Wehda, e na terça a gente já acertou. Foi tudo muito rápido. Na terça de manhã, eu ainda tinha poucas coisas sobre isso, sobre a equipe. À noite, tivemos divergências, eles concordaram com tudo o que pedimos, sempre acreditando nas minhas ideias. Nós próximos três anos, o país quer ser uma força do futebol mundial”, explicou.
O treinador pretende ir ao CT do Corinthians na sexta-feira para se despedir dos atletas e funcionários do clube. Ele preferiu não ir nesta quarta-feira para não atrapalhar a preparação do time para o confronto contra o Millonarios, quinta-feira, pela Libertadores.