A Secretaria Municipal da Educação deve encerrar até o final do mês a sindicância administrativa investigatória aberta pela portaria interna nº 041, de 27 de março, assinada pela secretária Luciana Andrade Rodrigues. Trata-se de uma investigação, recomendada pelo Ministério Público Estadual (MPE), acerca de denúncias de pais de alunos contra a direção da Escola Municipal de Ensino Fundamental Professor Anísio Teixeira, localizada no Jardim Iguatemi
Pais de alunos que integram o conselho da escola e a Associação de Pais e Mestres (APM) e a diretora C.V.C. trocam acusações desde o ano passado, em uma polêmica que já motivou notificações extrajudiciais de ambas as partes. O comerciante Z.E., de 42 anos, que tem dois filhos na escola, é o autor da denúncia. Ele afirma que a direção não respeita as deliberações do conselho, não presta contas do dinheiro arrecadado em eventos promovidos pela APM, pratica assédio moral contra professores e membros do conselho escolar, sonega informações públicas e até envia notificação extrajudicial para a casa de pais, ameaçando-os de processo caso levem o caso adiante.
Já a diretora rebate as denúncias e acusa Z.E, de “perseguição”. Em carta encaminhada ao Tribuna, ela B. apresenta sua versão:“ (…) recebi com indignação as alegações veiculadas por este jornal, atribuídas ao Sr. Z. E. e que foram abordadas pelo vereador Isaac Antunes da tribuna da Câmara Municipal, relativas à escola Anísio Teixeira e à Secretaria da Educação.
Nas alegações, o sr. Z.E. deixou de informar a verdadeira campanha sistemática de perseguição que vêm travando contra esta diretora, assim como deixou de esclarecer que, além de pai de alunos da escola, sua companheira e a esposa do vereador Isaac Antunes, são professoras nesta escola.
Sou vítima de perseguição sistemática. Os motivos alegados são os mais variados, como ocorreu quando impedi o Sr. Z. E. de vender alimentos na escola para angariar recursos, baseada na regra de que a Secretaria da Educação que fornece a alimentação balanceada aos alunos.
Como também ocorreu quando realizada a festa julina de 2017, ocasião em que o Senhor Z. E. levou o dinheiro arrecadado para sua residência, prestando contas posteriormente de um lucro líquido de exatamente R$ 5.000,00 (…).
As investigações do Ministério Público e a sindicância instaurada, longe de representar preocupação, surgem para esta diretora como uma oportunidade de esclarecer os fatos. (…) As alegações são infundadas, irreais e pretendem esconder a verdade dos fatos, pois esta diretora simplesmente adotou providências corretas que desagradaram, razão pela qual sofre pesada perseguição, com a intenção de criar dificuldades para a continuidade do trabalho e, assim, pleitear que a Secretaria da Educação indique outra pessoa para a função de diretora”.
Vereador – Entrevistado pelo Tribuna, o vereador Isaac Antunes (PR), que fez uso da tribuna da Câmara para denunciar as supostas irregularidades na emef Anísio Teixeira, confirmou que sua esposa é professora naquela referida escola, mas negou que ela tenha a intenção de assumir o cargo de diretora em caso da queda da atual ocupante.