A morte do cantor e compositor Joel Navarini, aos 79 anos, na manhã desta segunda-feira, 14 de maio, o cantor e compositor causou grande repercussão no meio artístico ribeirão-pretano. Ele morreu em casa, junto da família. Nascido em Campinas, fez fama na noite ribeirão-pretana, principalmente em ambientes que ficaram na história como o restaurante JR do Bosque Fábio Barreto e a boate Ladeira.
Joel Navarini ficou conhecido nacionalmente ao participar de um concurso de calouros promovido por Flávio Cavalcanti em seu programa nos anos 1960 e 70. A final foi vencida pelo cantor Emílio Santiago. “Ele tinha o estilo do jazz brasileiro”, define a colega cantora e amiga pessoal, Bia Mestriner.
No ano passado, Bia cantou com Navarini na Churrascaria Gaúcha, tradicional no Centro de Ribeirão Preto, para um seleto grupo de amigos. “Era um grande músico, um grande cantor, tinha uma grande capacidade de improvisação”, define a intérprete. Gravou vários CDs e foi premiado diversas vezes. Para Fernando Kaxassa, presidente do Cineclube Cauim, “Joel era um nobre da velha guarda. Curti muita dor de cotovelo com ele cantando”.
A cantora Verônica Ferriani também se manifestou. “Com Joel se vai um pouco do melhor swing samba-jazz brasileiro em Ribeirão. Uma tristeza para nós que o admiramos e acompanhamos por tanto tempo. Vai em paz, deixa conosco sua música”. “O Joel é gente cá da terra. Ao lado do maestro Horvildes Simões, foi o mestre de muitos que se firmaram como músicos em Ribeirão e região. Que vá em paz”, diz Dácio Campos, diretor da Faculdade Armando Álvares Penteado (Faap) e radialista.
“A morte de Joel Navarini representa uma grande perda para a música ribeirão-pretana e brasileira! Dono de uma voz belíssima, interpretava, como ninguém, vários estilos musicais, principalmente a música popular brasileira! Tenho vários CDs gravados por ele e tive o privilégio de vê-lo cantando em recepções e clubes! Se morasse em algum grande centro, como o Rio de Janeiro, por exemplo, sua carreira seria marcada pelo sucesso nacional! Vai-se o grande artista, talentoso e de rara sensibilidade musical, fica seu legado inesquecível!”, diz Corauci Sobrinho, radialista, ex-vereador e ex-deputado federal.
“No meu livro contando os 50 anos que vivi escrevendo e mostrando as coisas boas da noite de Ribeirão – ‘Astros e Estrelas da Noite da Minha Vida’ – dei enfoque especial para o Joel. Foi, sem qualquer exagero da minha parte, o melhor que a noite dos bons tempos oferecia. Foi o grande astro das noitadas na minha casa noturna Adega 1. Só foi indelicado dessa vez: agora que parte, sem pedir licença. Grande Joel”, ressalta Sérgio Rocha, jornalista e colunista social.