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AÉCIO NEVES – Ministro envia inquérito para primeira instância

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), enviou um dos oito inquéritos contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG) na Corte para a primeira instância da Justiça de Minas Gerais. Trata-se da investigação sobre desvios nas obras da Cidade Administrativa, sede do go­verno mineiro. O inquérito foi aberto com base na delação premiado de executivos da empresa Odebrecht, que relataram o repasse de R$ 5,2 milhões em propina ao parlamentar. O senador Aécio Neves ainda é alvo de outros sete inquéritos no STF e figura como réu em uma ação penal desdobramento da Lava Jato.

Os crimes de corrupção teriam ocorrido a partir de 2007, quando Aécio era governador de Minas. Mo­raes aplicou a interpretação mais restrita do foro privilegiado que foi firmada na pelo plenário do STF. Na semana passada, o plenário da Corte determinou que somente de­veriam ser julgados no Supremo ca­sos contra deputados e senadores envolvendo suspeitas de crimes co­metidos durante e em relação com o mandato.

Por meio de nota, o senador disse que “jamais” participou da for­mação de cartel por conta das obras da Cidade Administrativa e que elas foram auditadas “em tempo real” por uma empresa independente. Segundo ele, o edital do empreendi­mento foi previamente apresentado ao Ministério Público de Minas Ge­rais e ao Tribunal de Contas do Es­tado. “A licitação foi objeto de ampla investigação por parte do Ministério Público Estadual que concluiu pelo arquivamento de falsas denúncias após constatar a regularidade de todos os procedimentos”, escreveu a defesa do parlamentar.

Diz também que a decisão do ministro Alexandre de Moraes de encaminhar processo contra o par­lamentar para a primeira instância era uma medida “esperada”, já que foi baseada em decisão do pleno do Supremo Tribunal Federal sobre a restrição do foro privilegiado.

Outros casos – Aplicando o mes­mo entendimento sobre a restrição ao foro, Moraes enviou para instân­cias inferiores outros cinco inquéritos e uma ação penal. Tais processos en­volvem os deputados Roberto Góes (PDT-AP), Cesar Halum (PRB-TO), Carlos Henrique Amorim (DEM-TO), Luis Nishimori (PR-PR), Betinho Go­mes (PSDB-PE), Rossoni (PSDB-PR) e Ricardo Teobaldo (Pode-PE).

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