No mesmo despacho em que autorizou a prorrogação por mais 60 dias do inquérito que investiga o decreto dos Portos, o ministro Luís Roberto Barroso negou o pedido de Michel Temer para arquivar a ação. A decisão foi tomada nesta segunda-feira (7). As suspeitas contra Temer foram levantadas a partir da delação da JBS. O inquérito no STF foi aberto em setembro do ano passado.
Barroso concorda com a Procuradoria-Geral da República (PGR) e afirma ser necessário “aguardar-se a conclusão das diligências em curso para que se possa formar opinião sobre a existência material dos delitos investigados”. Barroso também negou a José Yunes acesso irrestrito ao processo.
O amigo de Michel Temer havia pedido “acesso ilimitado”. Barroso respondeu que o direito a acesso aos elementos de prova se limita ao que está documentado nos autos.
Barroso atendeu a pedido da PF para prorrogar o prazo das investigações sobre possível interferência do presidente da edição do decreto dos Portos. Esse foi o segundo pedido de prazo da PF, que afirmou ser necessário, ainda, a quebra de sigilo bancário de Temer e o material apreendido na Operação Skala.