Segundo o levantamento “Estatísticas da Criminalidade”, divulgado pela Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP), o número de vítimas de homicídios registradosem Ribeirão Preto disparou 55,5% no primeiro trimestre deste ano na comparação com o mesmo período de 2017, saltando de nove para 14, cinco a mais.
A média mensal saltou de três (um a cada dez dias) para quase cinco (um a cada seis dias). Somente em março deste ano foram oito assassinatos, contra nenhum do mesmo mês de 2017. A quantidade de latrocínios – roubo seguido de morte – caiu 50%, de dois para um na comparação entre os dois trimestres, um a menos em 2018.
As tentativas de homicídio ficaram estáveis, mas estatisticamente caíram 10%, de dez em três meses do ano passado para nove no mesmo período deste ano, um a menos. Em 2017 inteiro foram registradas 38 ocorrências, média mensal superior a três. Os casos de lesão corporal dolosa recuaram 7,5% na comparação entre os dois trimestres, de 463 (média mensal de 154 e diária acima de cinco) para 428 (média de 142 por mês e de quase cinco por dia), 35 a menos. Em todo o ano passado foram 1.744 denúncias (média mensal de 145 e diária de quase cinco).
Os assassinatos caíram 26,2% no ano passado em comparação com 2016. Foram 45 mortes por homicídios e latrocínios (média mensal inferior a quatro, uma a cada oito dias) contra 61 do período anterior (cinco por mês, uma a cada seis dias), 16 a menos. O balanço só contabiliza os óbitos no local do crime, não entram aí os que ocorreram durante atendimento em hospitais e postos de saúde, por exemplo. Em 2017 foram 40 assassinatos e cinco latrocínios.
A taxa de homicídio doloso por 100 mil habitantes, queem 2016 foi de 7,79, caiu 24,4%, para 5,89 – a menor da série histórica do levantamento, que começou em 1999, com taxa de 39,94. Desde então, a queda foi de 85,2%. Em comparação ao mais alto índice registrado em 19 anos, de 43,23 em 2000, o recuo ficou em 86,3%. Em 2015 ficou em 7,10 e em 2014 foi de 7,20. Ribeirão Preto fechou 2013 com taxa de 10,32 por 100 mil habitantes, mais alta dos últimos cinco anos. Até então, o índice mais baixo da série havia sido constatado em 2008 (de 6,17).
O cálculo é obtido através do total de ocorrências pelo número de pessoas multiplicado por 100 mil e que visa neutralizar o crescimento populacional na comparação entre os municípios.O número de vítimas de homicídio doloso caiu 23%, de 52 em 2016 (mais de quatro por mês, quase um a cada sete dias) para 40 no ano passado (mais de três por mês, um a cada nove dias), 12 a menos. Em 2017, cinco pessoas foram a óbito em ocorrências de latrocínio (roubo seguido de morte), quatro a menos que as nove do período anterior, queda de 44,4%.
Em 2015 a Secretaria de Segurança Pública contabilizou 52 assassinatos na cidade (47 homicídios dolosos e cinco latrocínios), mesma quantidade de 014 (48 e quatro, respectivamente. Em 2013, quando Ribeirão Preto registrou a maior taxa por 100 mil habitantes, foram 74 mortes violentas – 66 homicídios e oito latrocínios.
Entre meados de década de 1990 e o início deste século, quando o Ministério Público Estadual (MPE) denunciou a existência de um grupo de extermínio em Ribeirão Preto, o número de homicídios passava dos dígitos. Foram 94 mortes em 1994 – depois, de 1995 a 2002, o balanço sempre esteve na casa dos três dígitos – 119 (1995), 221 (1996), 209 (1997), 222 (1998), 251 (1999), 263 (2000), 202 (2001) e 190 (2002).
As regiões da cidade com mais ocorrências de assassinatos em 2017 foram a Norte e a Oeste. Na área do 5º Distrito de Polícia, no Ipiranga, foram dez mortes (nove homicídios e um latrocínio). Na do 2º DP, com base nos Campos Elíseos, a SSP-SP registrou nove óbitos (só homicídios). Na região do 3º DP, na Vila Tibério, também foram nove casos (oito e um, respectivamente). A área atendida pelo 6º DP, na Vila Virgínia, fechou o ano com sete (só homicídios). O Centro da cidade, atendido pelo 1º DP, passou 2017 inteiro sem assassinato.