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Bombeiros confirmam quatro desaparecidos

O capitão do Corpo de Bom­beiros, Marcos Palumbo, con­firmou nesta quarta-feira, 2 de maio, mais três vítimas oficial­mente desaparecidas: uma mãe, Selma Almeida da Silva, de 48 anos, e dois filhos gêmeos (Wel­der e Wender, de 9 anos) que estariam no 8° andar do Edifício Wilton Paes de Almeida, que desabou durante um incêndio na madrugada de terça-feira, 1º de maio, no Lardo do Paissandu, no centro de São Paulo.

A quarta vítima foi identi­ficada como Ricardo Amorim, de 30 anos, que estava sendo res­gatado no momento em que o edifício ruiu. A prefeitura da ca­pital confirmou oficialmente as identidades das pessoas desapa­recidas. Segundo os bombeiros, ao todo 49 pessoas que viviam no prédio ainda não se apresen­taram. No local havia 317 mora­dores de 118 famílias, segundo o governo municipal.

“Um homem veio fazer a reclamação oficial para a assis­tência social de que a sua mu­lher e dois filhos gêmeos que moravam no 8° andar estariam desaparecidos. Ele já procurou, já fez telefonemas. A assistência social está ajudando porque ela poderia ter sido transferida para outro albergue”, disse Palumbo.

“No mais, não foram localiza­das essas outras possíveis vítimas, então assimilaremos essas pesso­as como desaparecidas em nossa ocorrência. Então passaremos a quatro vítimas no local”, afirmou o capitão. No início da tarde, os bombeiros reforçaram as buscas por vítimas sob os escombros. São 90 homens trabalhando para ten­tar localizar desaparecidos.

Um acidente doméstico é a principal linha de investigação para o motivo do início do incên­dio que causou o desabamento. Segundo o secretário estadual da Segurança Pública, Mágino Alves, o fogo pode ter começado a partir da explosão de um botijão de gás ou de uma panela de pressão. O inquérito policial já foi aberto no 2° Distrito Policial (DP), no Bom Retiro, que vai ouvir as pessoas que estavam no prédio.

A prefeitura de São Pau­lo fechou acordo na noite desta quarta-feira (2) com a liderança do Movimento de Luta Social por Moradia (MLSM) para realocar famílias que moravam no Edifício Wilton Paes de Almeida. Segundo o acordo, os moradores seriam levados para o Centro de Inclu­são pela Arte, Cultura, Trabalho e Educação (Cisarte), localizado no Viaduto Pedroso número 111, a cerca de três quilômetros do local.

A transferência dará prio­ridade a mulheres e crianças. Inicialmente, os moradores se recusavam a deixar o Largo do Paissandu, onde se instalaram em barracas perto da Igreja Nossa Se­nhora do Rosário dos Homens Pretos. No início da tarde, lonas foram erguidas e presas às pare­des da igreja. O cenário era de sujeira, com pedaços de comida no chão. Montanhas de sacolas e caixas de papelão com doações lotavam a escadaria de entrada da igreja, que está de portas fe­chadas desde o início do dia.

O Corpo de Bombeiros tra­çou uma mudança na estratégia de buscas por vítimas, a partir das três horas desta quinta-feira (3). Ao completar 48 horas da queda do prédio, eles iniciariam o uso de máquinas para retirar os escom­bros. Até o momento o maqui­nário só estava sendo utilizado no entorno para evitar quedas brus­cas de material onde ainda podem ser encontradas vítimas com vida.

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