O executivo Dario de Queiroz Galvão Filho disse em delação premiada que o então prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD, ex-DEM), atuou no direcionamento de licitação da obra do túnel Sena Madureira para que a Galvão Engenharia saísse vencedora. Em contrapartida, a empreiteira teria doado R$ 1 milhão para o diretório nacional do DEM, numa estratégia considerada pelos investigadores como “pagamento de propina via doação eleitoral”.
O termo de colaboração do executivo foi anexado aos autos de inquérito contra o ex-prefeito e hoje ministro que tramita no Supremo Tribunal Federal. Kassab é investigado por suspeita de recebimento de vantagens indevidas da Odebrecht em 2008 e 2009 que teriam sido desviadas de contratos de obras viárias no Estado de São Paulo.
Defesa – A assessoria de Kassab informou que “a licitação, realizada pela Prefeitura, ocorreu de forma lícita e transparente, obedecendo a todas as disposições legais”. Segundo a assessoria, “as doações recebidas seguiram a legislação vigente”. O DEM não se manifestou.
PSDB – O ministro das Comunicações, fundador e presidente de honra do PSD, Gilberto Kassab, afirmou nesta terça-feira, 1º, que o partido caminha para apoiar uma chapa majoritária à Presidência da República e que essa aliança deve ser com o PSDB do ex-governador de São Paulo e pré-candidato da sigla, Geraldo Alckmin. “Existe hoje uma ampla maioria do partido que deseja uma coligação e que essa coligação seja com o PSDB de Geraldo Alckmin. Essa é a realidade do partido”, afirmou Kassab durante visita à 25ª Agrishow, em Ribeirão Preto.