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Exportação de soja ‘dispara’ na região

A soja aparece como o gran­de destaque como produto de exportação na região de Ribei­rão Preto, com um aumento de 187,8% entre o acumulado de abril de 2017 a março deste ano. Os dados apresentados estão na edição de abril do Boletim Co­mércio Exterior do Centro de Pesquisa em Economia Regio­nal (Ceper) da Fundação para Pesquisa e Desenvolvimento da Administração, Contabilidade e Economia (Fundace).

O valor exportado de soja em Ribeirão Preto ultrapassou as exportações de instrumentos e aparelhos para medicina, ci­rurgia, odontologia, veterinária e afins. A Região Metropolita­na seguiu a mesma tendência de Ribeirão Preto e registrou no período um aumento de 30,18% nas exportações de soja. Em seguida, aparecem tortas e outros resíduos sólidos da ex­tração do óleo de soja, com aumento de 19%, e açúcares e sacarose, com elevação de 4,5%. Apenas as exportações de car­nes caíram.

Nacionalmente, os produ­tos mais exportados foram soja, minérios de ferro, óleos brutos de petróleo ou de minerais betu­minosos e açúcares e sacarose e automóveis. Na comparação com o acumulado nos 12 meses ante­riores (de abril de 2016 a março de 2017), houve crescimento de 19,85% nas exportações de soja, de 7,64% em minério de ferro e de 22,75% em óleos brutos de petró­leo ou de minerais betuminosos. Por outro lado, as exportações de açúcares e sacarose caíram 6,35%.

“O crescimento no valor exportado de óleos brutos de petróleo decorreu da forte de­manda mundial. Os aumentos no preço e na demanda mun­dial contribuíram para elevação das exportações de minério. As safras recordes de soja e a gran­de demanda, principalmente a chinesa, contribuíram para sua expansão”, explica o pesquisa­dor do Ceper e coordenador do Boletim Comércio Exterior, Luciano Nakabashi.

“Já os automóveis passaram a entrar na lista de bens mais ex­portados em decorrência do au­mento da demanda de parceiros vizinhos, como Argentina, Chile, Uruguai, Colômbia e México, todos países com os quais o Bra­sil firmou acordos automotivos”, completa Nakabashi. Segundo dados do Ministério de Desne­volvimento, Indústria e Comér­cio (MDIC), em 2017 as exporta­ções de automóveis e veículos de carga aumentaram 40%, com 83 países de destino.

São Paulo – No Estado, os principais produtos exportados nos dois períodos foram, basica­mente, os mesmos. A exceção foi o item sumos de frutas ou de pro­dutos hortícolas, que foi substitu­ído, em termos de valor exporta­do, por bulldozers, angledozers, niveladoras e afins.
Em relação aos demais itens, verifica-se queda nas ex­portações de açúcares e sacaro­se (-8,5%) e de outros veículos aéreos e espaciais (-13,6%). Por outro lado, “óleos de petróleo e minerais betuminosos” e auto­móveis tiveram variações posi­tivas consideráveis de 34,46% e 27,95%, respectivamente.

Análise – O relatório “Trade and Statistics Outlook”, divulga­do pela Organização Mundial do Comércio (OMC), mostra al­guns números que corroboram os dados discutidos neste e em edições anteriores do Boletim de Comércio Exterior. Segundo o relatório, o valor exportado pela economia brasileira em 2017 cresceu 17,5%, valor acima da média mundial (10,6%).

Esse foi o sexto maior cres­cimento registrado entre os 30 maiores exportadores. Neste ranking, o Brasil aparece à frente de grandes economias desen­volvidas, como Estados Uni­dos, China, Alemanha, além de outros países emergentes como México e Índia. Com esse re­sultado, a participação brasileira nas vendas mundiais alcançou 1,23%, em 2017, o melhor resul­tado desde 2013.

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