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Economia

RIBEIRÃO PRETO – Ritmo do emprego formal desacelera

O Ministério do Trabalho divulgou nesta sexta-feira, 20 de abril, os números do Cadastro Geral de Empregados e Desem­pregados (Caged). Segundo a pasta, Ribeirão Preto fechou o primeiro trimestre deste ano com superávit de 2.122 vagas formais, mas a soma dos resultados de janeiro (1.299), fevereiro (524) e março (206) indica 2.029. A dife­rença é de 93 carteiras assinadas.

Como os saldos por setores batem com os resultados dos meses, o Tribuna considera o total de. 2.029 vagas. Assim, o superávit na cidade no primeiro trimestre é 17 vezes superior ao déficit de 126 postos fechados no mesmo período do ano passado, acréscimo de 2.155. No entanto, a geração de empregos formais desacelerou e quatro dos cinco principais setores da economia local fecharam o mês passado no “vermelho” – comércio, constru­ção civil, indústria e agropecuá­ria. A prestação de serviços im­pediu que o saldo fosse negativo.

O saldo de 206 carteiras assi­nadas de março é 60,7% inferior ao de fevereiro (524), retração de 318 novos postos de trabalho. Na comparação com o terceiro mês de 2017, quando foram extintas 574 vagas, a alta chega a 135,9%, com 780 a mais. O resultado do primeiro trimestre é o melhor desde 2014, quando a cidade contratou 3.609 trabalhadores, 33,90% a mais – diferença de 1.040 empregos. O resultado do mês passado é fruto de 7.969 ad­missões e 7.763 demissões. Nos últimos doze meses, o saldo tam­bém é positivo, de 3.096 postos de trabalho – 88.798 contratações e 85.702 dispensas.

O superávit de março foi puxado pelo setor de servi­ços, que fechou o período com 4.553 novos contratos e 4.231 rescisões, saldo de 322. No tri­mestre, o saldo é de 1.738 novas vagas (13.697 pessoas admitidas e 11.959 demitidas). O desem­penho do comércio foi decep­cionante, com 2.235 admissões e 2.251 demissões, déficit de 16. Somando os três primeiros me­ses do ano, o “rombo” é de 192 empregos formais, com 6.695 contratações de 6.887 dispensas.

A construção civil também fechou março no “vermelho”, com déficit de 24 vagas, fruto de 499 contratações e 523 dispensas. No ano, o resultado é positivo, com saldo de 172 carteiras assi­nadas, resultado de 1.691 admis­sões e 1.519 demissões. A indús­tria contratou 609 e dispensou 660 em março, saldo negativo de 51. No trimestre, acumula supe­rávit de 403 postos, com 2.173 novos contratos e 1.770 rescisões. A agropecuária empregou 31 e demitiu 44 no mês passado, dé­ficit de 13. No trimestre, admitiu 110 e dispensou 108, superávit de duas vagas.

Ribeirão Preto fechou o ano passado com saldo positivo de 915 novas vagas, o melhor re­sultado desde 2014, quando a cidade registrou superávit de 1.583 carteiras assinadas – fruto de 127.654 admissões e 126.071 demissões. Em 2017, os prin­cipais setores da economia ribeirão-pretana conseguiram cobrir o rombo de 3.860 postos de trabalho fechados em 2016, com a geração de 4.775 novas vagas, alta de 123,7%. Nos úl­timos 15 anos, desde 2003, o melhor resultado registrado pela economia de Ribeirão Pre­to ocorreu em 2010, quando os principais setores contrataram 109.136 pessoas e dispensaram 94.784, superávit de 14.352.

Depois vem o ano de 2011, com 118.529 empregos formais criados e 105.845 extintos, saldo de 12.864. Uma ampla pesquisa realizada pelo Núcleo de Inteli­gência da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp), coordenado pelo econo­mista Gabriel Couto, mostra que nos últimos dez anos, entre 2007 e 2017, a cidade acumula déficit de 5.217 empregos formais.

Salário médio – O salário médio de admissão em março chegou a R$ 1.496,58 e o de des­ligamento foi de R$ 1.650,88. Houve crescimento real, des­contada a inflação, 1,07% no de admissão e de 0,27% no de des­ligamento, em comparação a fevereiro deste ano. Em relação a março de 2017, houve 2,26% para o salário médio de admis­são e perda de 1,04% para o sa­lário de desligamento.

Nacional – O Brasil abriu 56.151 vagas de emprego for­mal em março, de acordo com dados do Caged. Foi o terceiro mês de aumento consecutivo no número de vagas com car­teira assinada. Para meses de março, este é o melhor resulta­do desde 2013, quando foram geradas 112.450 vagas. O sal­do positivo decorre de 1,340 milhão admissões e 1,284 mi­lhão demissões.

Apesar de positivo, o de­sempenho do mês passado foi inferior às contratações líquidas registradas em fevereiro (65.058 vagas) e janeiro (82.855 vagas), já considerando o ajuste nos resul­tados desses meses. Em março de 2017, houve um fechamento de 57.594 postos de trabalho. No acumulado do primeiro trimes­tre do ano, houve abertura de 204 064 postos de trabalho com carteira assinada. Em 12 meses até março, há um saldo positivo de 223.367 vagas.

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