Tribuna Ribeirão
Polícia

CASO LUANA – MPE pede a prisão de policiais militares

O Ministério Público Esta­dual (MPE) denunciou na tarde desta quinta-feira, 19 de abril, três policiais militares acusados de agredir e causar a morte de Luana Barbosa dos Santos Reis, de 34 anos, em 8 abril de 2016, por homicídio triplamente qua­lificado. Segundo o promotor Eliseu José Berardo Gonçalves, que apresentou a denúncia, a vítima foi morta por motivação torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa. A pena prevista pode chegar a 30 anos de reclusão.

O promotor pediu também, contrariando o entendimento da Polícia Civil – que finalizou inqué­rito no dia 5 e indiciou os três acu­sados por lesão corporal seguida de morte – a prisão preventiva dos policiais militares. O repre­sentante do MPE manifestou anteriormente que desde o início considerava algo grave, e que não fora somente lesão corporal.

“Entendi que eles agrediram Luana para vingar a reação dela na abordagem. Por isso, todos vão responder pelo mesmo crime”, co­mentou. A Justiça decidirá se cada PM deve ou não responder ao processo criminal e se irá aguardar preso até o julgamento. Não há prazo para a decisão judicial.

LUANA BARBOSA dos Santos Reis, de 34 anos, morreu em 8 abril de 2016

Luana Barbosa dos Santos Reis, conforme laudo do Instituto Médico Legal (IML), morreu em decorrência de uma isquemia cerebral e traumatismo crania­no, cinco dias após ser agredida pelos PMs durante uma abor­dagem policial. Ela teria negado submeter-se à revista por poli­ciais, no caso, homens. A denún­cia afirma que ela foi agredida na rua e dentro da viatura. A família também chegou a dizer que a mu­lher foi vítima de racismo.

Gonçalves afirma que pe­diu a prisão dos policiais base­ado no artigo 313 do Código de Processo Penal, que cita crimes dolosos, contra a mulher e para garantir medidas protetivas, uma vez que a família de Luana alega que já foi ameaçada. O juiz Luiz Augusto Freire Teotônio, da 1ª Vara do Júri e das Execuções Criminais de Ribeirão Preto, ain­da não se manifestou sobre a denúncia e o pedido de prisão.

Em maio de 2016, o magistra­do determinou que a investigação do caso fosse encaminhada à Jus­tiça Militar do Estado de São Paulo (JMSP), uma vez que os suspeitos são PMs. Entretanto, o caso foi arquivado por falta de indícios de crime militar. O promotor pediu então que as investigações voltas­sem à Justiça Comum, o que acon­teceu em janeiro do ano passado, após decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ/SP). A Polícia Civil reabriu o inquérito, que foi concluí­do em 5 de abril deste ano.

Postagens relacionadas

Dupla é presa e 579 tijolos de maconha são apreendidos em Ribeirão Preto

William Teodoro

Homem morre atingido por descarga elétrica na zona Norte

Redação

Casal de RP morre após acidente em Pirassununga

William Teodoro

Utilizamos cookies para melhorar a sua experiência no site. Ao continuar navegando, você concorda com a nossa Política de Privacidade. Aceitar Política de Privacidade

Social Media Auto Publish Powered By : XYZScripts.com