A CHANCE DE GUSTAVO
A Folha de São Paulo publicou dias atrás matéria assinada por Luiz Fernando Cosenzo sobre o filho de Sócrates, Gustavo Oliveira, como idealizador do Botafogo S/A. Li atentamente e, como acredito no projeto em razão da participação do ex-presidente Miguel Mauad Neto, considero que esta é uma grande oportunidade para Gustavo satisfazer o anseio de muitos botafoguenses que sonharam com uma efetiva de Sócrates e Raí na vida do Botafogo após o encerramento de suas carreiras.
Frustração…
Esta parcela de botafoguenses acreditava que Sócrates e Raí investiriam numa carreira no futebol fora de campo e que por razões obvias o Botafogo seria o alvo. Frustrou-se, mas não chegou a ser uma ingratidão, porque em campo a família Vieira Oliveira contribuiu muito para a história vitoriosa do clube. Sócrates até arriscou como técnico interino, mas percebeu logo que esta não era sua praia, pendeu para o lado da boemia, que já era forte, distanciou-se do futebol. Raí se aplicou nos estudos e virou empreendedor em projetos vitoriosos, mas longe do Botafogo. Hoje é diretor do São Paulo.
Realização…
Gustavo tentou ser jogador, era volante nas equipes de base, mas não puxou para o pai, o mesmo acontecendo com o irmão Rodrigo, que era ponta-esquerda. Na época, eles atuaram junto com meu filho, Saulo, que jogava de volante e quarto zagueiro nas equipes de base do Botafogo. Esse sim puxou ao pai: não virou jogador. Gustavo Oliveira conhece bem as entranhas botafoguenses, como advogado defendeu várias vezes os interesses do clube. A família Vieira Oliveira não necessitaria de fazer mais nada, pois o que fez já foi bastante. Além de gerar grande receita para o Botafogo com a venda de Sócrates e Raí, colocou dois botafoguenses como capitães da Seleção Brasileira (Sócrates na Copa de 1982 e Raí na de 1994). Mas Gustavo tem agora a chance de resgatar aquele velho sonho botafoguense, participando de um projeto que pode ser a salvação do Botafogo.