Tribuna Ribeirão
Cultura

Superman completa 80 anos de histórias

Criação da dupla Joe Schuster e Jerry Siegel, Superman surgiu em 18 de abril de 1938 na revista Action Comics. Isso mesmo – nesta quar­ta-feira, ele comemorou 80 anos. Deve fazer parte de seus superpo­deres que ele se apresente eterna­mente jovem. Schuster e Siegel cria­ram toda uma história para o seu super-herói, nascido em Krypton, foi criado na Terra e possuía super­poderes que encobria adotando um alter ego humano, Clark Kent.

Nestes 80 anos, o Super-Ho­mem expandiu sua força em dife­rentes mídias, além das HQs – rá­dio, cinema, televisão, literatura e videogame. Com os veículos, a ori­gem e os poderes do herói também foram sendo alterados, até que, nos anos 1990, ocorreu o improvável – “A morte do Superman”, título da HQ. Mas ele não morreu, embora tenha sido considerado como tal.

O cinema popularizou ainda mais as aventuras do Super-Ho­mem, graças à série iniciada por Richard Donner no fim dos anos 1970. Christopher Reeve criou o papel e o sucesso foi imenso, mesmo que os filmes seguintes, e foram três, tenham piorado de qualidade (o quarto, “Em busca da paz”, foi um desastre).

Infelizmente, Reeve sofreu um acidente e ficou paralítico, o que agregou ao mito. Houve um Super­man intermediário, que não chegou a ser sucesso – Brandon Routh, direção de Bryan Singer – e a saga recomeçou com o diretor Zack Sny­der e o ator Henry Cavill. Há contro­vérsia, claro, mas Cavill, com seu olhar atormentado, talvez seja o maior ator a ter interpretado um super-herói, e isso inclui os numerosos intérpretes de Batman, por exemplo.

Os puristas reclamam. Dizem que Snyder criou a sua mitologia e afastou o personagem das origens. Foram três filmes – “Superman”, em que o tema era a relação do herói com o pai: “Batman Vs. Superman”, com Ben Affleck como o Homem-Morce­go, em que a relação era com a mãe; e o terceiro, “Liga da Justiça”.

Esse teve a produção mais com­plicada de todas, porque, durante o processo, a filha do diretor se matou e Snyder chegou a ser substituído durante parte da realização. Mas o conceito é dele – e o pai desespe­rado fez do filme uma fábula sobre a ressurreição. Vem mais Superman por aí, mas antes disso, ainda este ano, Cavill será visto com um vas­to bigode, como o vilão do próximo “Missão impossível”. Esse bigode, por sinal, deu um trabalho dana­do para ser eliminado digitalmente quando ele teve de rodar cenas adi­cionais para “Liga da Justiça”.

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