O Estado de Roraima entrou com ação no Supremo Tribunal Federal (STF), nesta sexta-feira, 13, para exigir que a União feche temporariamente a fronteira entre Brasil e Venezuela, e repasse recursos adicionais para suprir os custos causados pela imigração de venezuelanos no Estado. A relatoria da ação é da ministra Rosa Weber.
Assinado pela governadora de Roraima, Suely Campos, a ação aponta que a “crise econômica, política e social da República Bolivariana da Venezuela ensejou uma verdadeira explosão no fluxo migratório”, e que o Estado está suportando os custos e prejuízos sem ajuda efetiva da União.
Entre as consequências da crise, o documento aponta aumento de criminalidade, elevação quantitativa de atendimento nas unidades de saúde do Estado e aumento de matrículas para o ensino público.
Além de pedir mais recursos e fechamento provisório da fronteira, Roraima também solicita que a União atue de “maneira imediata na área da fronteira”, com medidas administrativas na área de controle policial, saúde e vigilância sanitária.
‘Santa paciência’ – O ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Pereira, rechaçou enfaticamente a proposta de fechamento da fronteira do Brasil com a Venezuela solicitada pelo governo de Roraima. “Essa é uma ideia… Tenha santa paciência”, disse o chanceler no lobby do hotel que hospeda a delegação brasileira na capital peruana para a 8ª Cúpula das Américas. “O governo federal está fazendo muito, ajudando tanto o governo do Estado, como as prefeituras”, disse o ministro, ao ser questionado sobre a ação do governo de Roraima no Supremo Tribunal Federal (STF). “Temos recursos materiais, gente ajudando, colaboração com a sociedade civil.
Estamos fazendo muito e vamos fazer tudo o que for necessário”, disse Nunes. Ao chegar ao hotel minutos antes, o presidente Michel Temer não falou com a imprensa.