Tribuna Ribeirão
Política

PLANO DIRETOR – Redação final vai à votação na terça

A redação final do projeto de revisão do Plano Diretor será votada na próxima terça-feira, 17 de abril, em nova sessão extraor­dinária na Câmara de Ribeirão Preto. A proposta foi aprovada em primeira discussão na noite de anteontem, dia 10, com 22 fa­voráveis, quatro contrários. Das 53 emendas propostas – 47 apre­sentadas por oito dos 27 verea­dores e mais seis da Comissão de Justiça e Redação, a popular Co­missão de Constituição e Justiça (CCJ) –, apenas 20 passaram e os parlamentares devem ratificar essa decisão.

Depois de 15 anos da última revisão, realizada em 2003 com base em projeto original de 1995, o novo Plano Diretor de Ribeirão Preto finalmente deve ser elabora­do. Para que a proposta seja defi­nitivamente aprovada, precisa de maioria qualificada – dois terços ou 18 votos. Além das 20 emendas incluídas na peça principal, outras 25 foram negadas, duas foram re­tiradas e três não foram à votação por causa de parecer contrário da CCJ. Outras três acabaram preju­dicadas – um sugestão de mesmo teor, apreciada anteriormente, im­pede a votação da semelhante.

A Comissão Especial de Es­tudos do IPTU Verde conseguiu aprovar uma emenda, assim como Jorge Parada (PT). Como o Regimento Interno da Câmara concede três dias de prazo para que os vereadores com propos­tas rejeitadas apresentem recurso, esse prazo, que começou a contar nesta quarta-feira (11), vence na sexta-feira (13). Se algum vereador apresentar recurso, ele vai à apre­ciação do plenário e, se aprovado, a emenda volta à votação. Se não houver questionamento, a o proje­to vai à votação na terça-feira (17)

Votaram contra o projeto Adauto Honorato, o “Marmi­ta” (PR), Jean Corauci (PDT), Lincoln Fernandes (PDT) e Or­lando Pesoti (PDT). A CCJ deu parecer contrário a três emendas e todas as demais foram à vota­ção, sendo a grande maioria re­jeitada, inclusive a emenda de nº 01, de Fernandes, que transferia para o Legislativo a atribuição de definir os parâmetros de ocupa­ção do solo na Zona Leste, área de recarga do Aquífero Guarani.

Esse é um dos pontos mais polêmicos da nova regulamen­tação, pois concede autorização para expansão imobiliária da Zona Leste da cidade, onde fica um importante ponto de recarga do Aquífero Guarani, que abas­tece o município. O texto autori­za novas construções desde que haja uma reserva de 35% para áreas verdes.

O texto que chegou ao plená­rio nesta terça, e está disponível no site da Prefeitura, começou a ser elaborado em abril do ano passado e foi submetido a audiências pú­blicas com conselhos municipais, que resultaram em 242 propostas.Destas, 128 foram contempladas no plano, que, segundo a prefeitu­ra, tem como principais diretrizes o aprimoramento da gestão terri­torial, a proteção ambiental, a revi­talização do Centro e o aproveita­mento de vazios urbanos.

Ao todo, serão revisadas ou elaboradas 15 leis complementa­res ao Plano Diretor. Doze delas deverão ficar prontas doze meses após a promulgação. As outras três, em dois anos: Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo, Código Municipal do Meio Ambiente, Código de Obras, Plano Viário, Plano Municipal de Saneamento Básico, Plano de Gestão Integra­da dos Resíduos Sólidos, Código de Posturas Municipais, Plano de Macrodrenagem, Plano de Mobi­lidade Urbana, Plano Municipal de Turismo, Código Sanitário Mu­nicipal, Plano Local de Habitação de Interesse Social e Lei de Habita­ção de Interesse Social.

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