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REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA – Programa beneficia onze mil famílias

O prefeito Duarte Nogueira Júnior (PSDB) sancionou, na manhã desta quinta-feira, 29 de março, a lei nº 2.858, que auto­riza o município a desenvolver os projetos previstos no Progra­ma de Regularização Fundiária (PRF) e beneficia, inicialmente, cerca de onze mil famílias – aproximadamente 47 mil pes­soas. Também foi assinada uma ordem de serviço do Programa Cidade Legal, desenvolvido pela Secretaria de Habitação do Estado de São Paulo, que con­templará 12 núcleos urbanos de interesse social.

“De forma inédita, Ribeirão Preto realiza uma ação para trazer segurança jurídica e es­tabilidade às famílias que hoje sofrem com a falta de regula­rização fundiária. Uma mu­dança sólida o suficiente para perenizar e fazer prosperar o futuro de nossa cidade”, afir­ma o prefeito. Com a sanção, ficam definidos os parâmetros do PRF, dentre eles a flexibili­zação edilícia e urbanística pre­vistos em legislação municipal, resguardadas a salubridade e a segurança dos moradores.

A lei também prevê mu­danças quanto ao custeio de despesas referentes à aquisição e transmissão de propriedade em casos de área pública para fins de moradia. A municipa­lidade arcará com as despesas, sem qualquer ônus pecuniário aos moradores dos núcleos ur­banos informais envolvidos. Já o Programa Cidade Legal contemplará, inicialmente, 12 núcleos urbanos com pro­dutos para sua regularização fundiária, como elaboração de memorial descritivo das áreas, levantamento topográfico e as­sessoria jurídica para registro dos empreendimentos e regis­tros de propriedade para as pes­soas que habitam esses locais.

Os núcleos beneficiados são o Anhanguera, Avelino Palma, Campos do Jordão, Cruz e Souza, Magid Simão Trad, Nuporanga, Serra Negra, Trevo, Ubatuba, Zara, Mon­te Alegre e Jardim Progres­so. Esses locais reúnem 4.276 famílias, totalizando 19.123 pessoas. O coordenador do Programa Cidade Legal, Geni­nho Zuliani, ressalta a impor­tância das ações de regulariza­ção fundiária e o empenho do prefeito Duarte Nogueira em diminuir o passivo de proble­mas herdados pelo município na área de habitação.

“A cidade tem pela frente um grande desafio, um traba­lho a longo prazo, mas as as pri­meiras ações já demonstraram resultados muito importantes para Ribeirão Preto”, afirma. O Programa de Regularização Fundiária (PRF) foi aprovado na Câmara em 20 de março. Autoriza a prefeitura a regulari­zar 10,6 mil moradias hoje em situação ilegal, contemplando 46,9 mil pessoas, 25,6 mil delas moradoras de 35 favelas.

Cada uma das 70 áreas bene­ficiadas terá um projeto próprio e independente, que depende desde de levantamento topográ­fico até recursos para infraestru­tura. Pela proposta, a prefeitura poderá doar áreas públicas inva­didas para regularizar até 5,7 mil unidades habitacionais localiza­das em 35 favelas. Elas foram es­colhidas de acordo com critérios técnicos de segurança, meio am­biente e urbanismo. Outras, po­rém, podem ser incluídas com o passar do tempo.

Após a regularização, a prefeitura realizará obras de infraestrutura urbana, como pavimentação, galerias de água e esgoto e iluminação. Em con­trapartida, o município espera arrecadar com impostos e ta­xas, como Imposto Pr5edial e Territorial Urbano (IPTU) e conta de água. Além das fave­las, o projeto prevê regularizar outras 35 áreas consideradas de “Interesse Específico”, prin­cipalmente loteamentos e con­juntos de chácaras, que foram criados desrespeitando a legis­lação, como não reservar área verde, ou que estão com o me­morial descritivo cadastrado corretamente. Em alguns des­ses casos, a prefeitura venderá áreas eventualmente invadidas.

A previsão da prefeitura é começar, em 2018, a regulariza­ção de ao menos 12 favelas, en­tre elas a do Jardim Progresso e do Monte Alegre, que juntas so­mam 2,2 mil moradias. O pro­jeto será tocado pelo programa Cidade Legal, do governo esta­dual. O número de comunida­des em Ribeirão Preto quase dobrou em menos de dois anos. Saltou de 50 em abril de 2016 para 96 comunidades. O nú­mero de moradores nesses lo­cais subiu de 25 mil para 43 mil moradores. Em contrapartida, a prefeitura conseguiu retirar somente 1.316 moradores das favelas desde o início de 2017. Em cerca de 25 anos, a quanti­dade de núcleos cresceu 540% – eram 15 em 1994, saltou para 45 em 2015, 50 no ano seguinte e 70 em 2017.

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