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SERVIDORES – Sindicato pede apoio à Câmara

O presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão Preto, Guatapará e Pradópolis (SSM), Laerte Car­los Augusto, ocupou a tribuna da Câmara nesta quinta-feira, 29 de março, durante a sessão ordinária, para pedir o apoio dos vereadores. As negociações da campanha salarial com o governo Duarte Nogueira Jú­nior (PSDB) estão suspensas e a categoria ameaça entrar em greve geral na semana que vem

Até agora, houve apenas uma única reunião, na segun­da-feira (26), quando integran­tes da Comissão de Política Salarial da prefeitura pediram ao sindicato que reduza o pe­dido de reajuste, de 10,8%. O governo já havia cancelado um encontro marcado para sexta­-feira (23) alegando falta de documentação. Ainda nesta semana, passou a dizer que não reconhece o SSM/RP como representante dos servidores porque a entidade estaria em situação ilegal.

Diante dessa postura da prefeitura e sem nenhuma con­traproposta, o sindicato con­vocou assembleia e a categoria aprovou estado de greve. Na próxima terça-feira, 3 de abril, haverá nova votação, desta vez em frente ao Palácio Rio Bran­co, quando pode ser deflagrada greve geral por tempo indeter­minado a partir de sexta-feira, dia 6 – a legislação exige prazo de 72 horas para o início do movimento paredista.

Nesta quinta-feira, Laerte Carlos Augusto esteve reuni­do, no início da tarde, com os integrantes da atual Mesa Di­retora da Câmara, quando foi convidado a ocupar a tribuna durante a sessão. Mais uma vez, ele criticou a prefeitura e pediu a retomada das negociações . Augusto desconsiderou a alega­ção do governo de que o SSM/RP não é o representante legal dos servidores municiais. “No ano passado eles negociaram e fecharam acordo salarial com quem?”, questiona.

Interpelado pelo Tribuna, o governo tucano, por meio da Coordenadoria de Comunica­ção Social (CCS), encaminhou nota em que se diz “aberto ao diálogo. O Sindicato dos Servi­dores dos Servidores Municipais entregou ao prefeito Duarte No­gueira uma pauta de reivindica­ções com pedido de reajuste de 10,8%, muito além da inflação medida no período pelo Índice Nacional de Preços ao Consu­midor (INPC), utilizado para a concessão do reajuste no ano passado, quando os salários fo­ram reajustados em 4,69%”.

Diz ainda: “Também no ano passado foi implantado o Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS), que elevaram o custo da folha de pagamento em cerca de 3%. A reformula­ção do prêmio-incentivo e do critério assiduidade também resultou em acréscimo de 3% na folha de pagamento. Por isso, o pedido de 10,8% está muito além de qualquer reivin­dicação razoável. No entanto, a prefeitura mantém o diálogo aberto com os servidores”.

Sobre a representatividade e a legalidade do sindicato, a administração prefeitura argu­menta que “há irregularidade na representação da atual di­retoria da entidade. A prefeitu­ra, ressalta, no entanto, que se mantém aberta ao diálogo”. O sindicato já está organizando paralisações setoriais. “Se eles querem briga, então vai ter bri­ga”, já disse n Carlos Augusto.

O governo alega que a folha salarial subiu 12,2% entre janei­ro de 2017 e o mesmo período deste ano, por isso a administra­ção não tem como conceder os 10,8% pedidos pelos servidores. A campanha salarial foi lança­da no dia 1º. O principal tópico da lista é o pedido de reajuste de 10,8% e o mesmo índice de reposição sobre o valor atual do vale-alimentação e da cesta bási­ca nutricional dos aposentados.

O pedido dos trabalhadores faz referencia à correção da in­flação nos últimos doze meses, de 2,93% medido pelo Índice Nacional de Preços ao Consu­midor Amplo (IPCA) do Ins­tituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – indexa­dor oficial –, mais aumento de 7,87% referente ao crescimento orçamentário na arrecadação.

No ano passado, após a mais longa greve da categoria, que durou 21 dias e terminou em meados de abril, os servido­res aceitaram reajuste salarial de 4,69% em duas parcelas – a primeira ficou fixada em 2,35% no mês de março e 2,34% para setembro. Também recebe­ram uma reposição de 4,69% em parcela única retroativa a março no vale-alimentação e na cesta básica nutricional dos aposentados. Nenhum dia foi descontado dos grevistas.

A pauta do ano passado ti­nha 149 itens. O principal era o pedido de reajuste de 13%. Em 2016, em plena crise financeira da prefeitura, o funcionalismo conseguiu aumento de 10,67%. O mesmo índice foi oferecido para o vale-alimentação e tam­bém para o auxílio nutricional dos aposentados e pensionistas.

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