CHUTE NA ESTATÍSTICA
Na coluna do dia 17, antes de começar a fase quartas de final do Campeonato Paulista, escrevi que era fácil acertar quem seria semifinalista: “Santos x Botafogo, dá Santos. Palmeiras x Novorizontino, dá Palmeiras. Corinthians x Bragantino, dá Corinthians. São Paulo x São Caetano, dá… (Na Loteria eu marcaria triplo)”. 100% de acerto. Até o São Paulo, sobre quem havia dúvida, passou.
Táticas…
A imprensa supervaloriza as estatísticas, como se elas explicassem tudo. Na verdade elas servem apenas para ilustrar a informação como curiosidade. É um festival de “não perde há tantos jogos”, “não toma gols há tantos minutos”, “não ganha um clássico desde tal mês”, como se a estatística entrasse em campo. O São Paulo que era criticado por não vencer um clássico neste ano, na semifinal, deu um chute na estatística. Ganhou do Corinthians, no clássico mais importante para ele até aquele momento.
Técnicos…
A supervalorização não é só nas estatísticas, a imprensa também exagera nas explicações sobre táticas. Nas transmissões de TV, os gráficos ou planilhas com as escalações das equipes sempre trazem formações diferentes daquelas que os técnicos planejam. Há uma preocupação absurda em rotular os 4-1-4-1, 3-5-2, 4-2-3-1, até quando nenhum destes esquemas está sendo utilizado. Da mesma forma, os comentaristas creditam aos técnicos vitórias e derrotas quando eles não têm nada a ver como isso.