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’17 Quadras’ e ‘Glauber, Claro’ entre os melhores filmes da Mostra 2020

A 44ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo revelou em cerimônia na área externa do Auditório do Ibirapuera, os melhores filmes desta edição, que foi virtual por causa da pandemia.

Foram premiados o documentário 17 Quadras e o longa de ficção Eyimofe (Esse é o Meu Desejo). O documentário brasileiro Chico Rei Entre Nós e a atriz Thiessa Woinbackk, do longa Valentina, receberam menção honrosa.

O júri, formado por Cristina Amaral, Sara Silveira e Felipe Hirsch, elegeu os vencedores do Troféu Bandeira Paulista entre os 15 mais votados pelo público na primeira etapa da seleção.

Guilherme Coelho foi o vencedor do Projeto Paradiso, do Instituto Olga Rabinovich, que dá uma bolsa de R$ 30 mil para o roteirista do projeto em desenvolvimento – no caso, Neuros – e oferece mentorias, coaching para o produtor, workshop de audiência e participação em mercados internacionais.

O Prêmio do Público foi para os estrangeiros Não Há Mal Algum, como melhor filme de ficção, e Welcome to Chechnya, como melhor documentário. Entre os brasileiros, Chico Rei Entre Nós ganhou como melhor documentário e Valentina foi o melhor de ficção. Esses filmes foram escolhidos por votação. A cada título assistido, o espectador recebia da Mostra Play uma mensagem indicando como votar em uma escala de 1 a 5, sempre ao final do filme. O resultado proporcional dos títulos com maiores pontuações determinou os vencedores.

Prêmio da Crítica, da imprensa especializada, escolheu Glauber, Claro, César Meneghetti, como o melhor filme brasileiro “por apresentar um original exercício estilístico, em que revela a forma visceral com que Glauber Rocha filmava à base de improvisações e muito inspirado no cinema político”, segundo comunicado. Já o moçambicano Mosquito foi eleito o melhor filme estrangeiro. O júri destacou a “maneira pulsante e criativa como retrata um período histórico ao borrar as barreiras entre o real e o imaginário, construindo uma obra antibelicista ao mesmo tempo em que critica o papel colonizador de seu país”.

A Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema) também fez sua escolha e elegeu como o melhor filme nacional de um autor estreante o longa Êxtase, de Moara Passoni.

Os funcionários da Cinemateca Brasileira e documentarista Frederik Wiseman ganharam o prêmio Humanidades. O A produtora Sara Silveira ganhou o Prêmio Leon Cakoff e Walter Salles recebeu o Prêmio da FIAF – Federação Internacional de Arquivos de Filmes, órgão que reúne cinematecas do mundo todo.

Os vencedores da 44ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo

Prêmio do Júri – Melhor documentário

17 Quadras, de Davy Rothbart

Prêmio do Júri – Melhor ficção

Eyimofe, de Arie Esiri e Chuko Esiri

Menção honrosa do júri

Chico Rei entre Nós, de Joyce Prado

Thiessa Woinbackk, atriz de Valentina

Prêmio do Público – Melhor documentário brasileiro

Chico Rei Entre Nós, de Joyce Prado

Prêmio do Público – Melhor filme brasileiro de ficção

Valentina, de Cássio Pereira dos Santos

Prêmio do Público – Melhor documentário internacional

Welcome to Chechnya, de David France

Prêmio do Público – Melhor filme internacional de ficção

Não Há Mal Algum, de Mohammad Rasoulof

Prêmio da Crítica – Melhor filme estangeiro

Mosquito, de João Nuno Pinto

Prêmio da Crítica – Melhor filme brasileiro

Glauber, Claro, de César Meneghetti

Prêmio da Abraccine – Melhor filme brasileiro de diretor estreante

Êxtase, de Moara Passoni

Bolsa Paradiso

Neuros, de Guilherme Coelho

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